sexta-feira, 29 de abril de 2011

Imperfeito

            Outro dia li no blog Depois dos 25... um post muito interessante sobre autoestima. 
          Na verdade,a  publicação expunha um belo exemplo de quem não permite que sua deficiência se torne um obstáculo para sua felicidade. A pessoa citada é deficiente auditiva, mas pouco importa, porque o que vale é o exemplo que ela nos dá.
      Então, depois de ler fiquei pensando. E nós, que não temos deficiencia nenhuma? Quantas vezes procuramos defeitos em nós mesmos e viramos caçadoras de imperfeições na frente do espelho, buscando aquele detalhe que nos fará infelizes? E então, depois de consertar aquele "defeito", teremos a felicidade desejada ou voltaremos a caçar manchas traiçoeiras?
        Será que esta busca por nossas imperfeiçoes e o desejo de nos livrarmos delas não é, na verdade, o desejo de apagar mágoas e cicatrizes deixadas pelo tempo? Como se o que passou pudesse ser arrancado quando eliminamos as marcas, perdemos uns quilos, ou nos entregamos ao bisturi, que é trocar uma cicatriz pela outra.
        Não está na hora de nos aceitar como somos e aprendermos superar ou apenas conviver com nossas imperfeições?
          Então não seria interessante se nós usarmos esse passado como experiência, e, ao invés de apagá-lo, nos enriquecer com ele, pois faz parte da nossa história e também nos trouxe até o ponto em que estamos agora?
          Um bom início para elevar a autoestima é justamente fazer as pazes com seu passado.

beijo

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sobre nossos medos


Não sei porque, mas estava pensando na praia ontem. Apesar de morar no Rio, raramente vou a praia. Primeiro porque com criança, creio que o clube é sempre uma melhor opção, mais seguro e agradável para o pequeno que fica livre. Segundo, porque desde quando a minha relação com o mar deixou de ser amistosa, o programa de ficar sentada no calor também deixou de ser agradável.
Então me lembrei de que nem sempre foi assim. Quando eu era mais nova, era sempre uma maravilha. Eu já chegava dentro d´água e só saia na hora de ir embora. Porém, em algum momento que não me lembro exatamente quando, o mar resolveu que ia mais com a minha cara e passou a me bater. Literalmente. Caixote atrás de caixote. E eu saia cada vez mais suja, embolada e humilhada. Sem falar nas vezes em que me afoguei e precisei de ajuda para sair. Sendo assim, visando manter a minha dignidade, de uns anos para cá simplesmente não entro mais no mar. 
O problema é que hoje em dia, se vamos à praia, meu filho também não quer entrar na água. tem medo por causa do barulho. E eu não sou a pessoa mais indicada para ajudá-lo nesta questão. Fiquei pensando até aonde a criança pode perceber nossos medos e assimilar como dela. Nunca disse que tinha medo do mar, justamente para não influenciá-lo. Apenas que não quero entrar.
Mas o fato de não poder pegá-lo pela mão e mostrar que não tem nada demais, me fez questionar o meu sentimento comigo mesma. Como assim tenho medo do mar? Nunca tive disso. Que raio de baboseira é essa agora nos últimos anos?
Vocês imaginam que deve ter uns seis anos que não entro no mar? Seis anos. 6.
Tenho deixado o me dominar por este medo e ele acabou me consumindo. Daqui a pouco não chegarei em janelas superiores ao terceiro andar? E assim entro cada vez mais fundo neste buraco negro.
Minha missão a partir de hoje é enfrentar o mar e fazer as pazes com ele. 
Pretendo voltar aqui depois de um dia na praia contando como foi bom passar o dia me sentindo uma sereia.
E vocês, tem algum medo pelo qual se deixam dominar? 

sábado, 2 de abril de 2011

Não vai dar tempo

O prazo está acabando. o prazo para a conclusão do livro, quero dizer.
Na verdade o meu prazo já acabou há muito tempo. Era novembro. Mas aconteceram tantas coisas no final do ano que atrasaram o processo. E eu, compreendendo toda a situação, até porque, fazendo parte dela, sabia exatamente onde o calo apertava, adiei. Admito que não impus um novo limite. E admito também que deixei correr meio frouxo por um tempo. CULPADA.
O problema é que agora o tempo acabou. Ainda falta um monte de coisas para escrever e o contrato vai acabar e ainda preciso editar depois de pronto. E só tenho uma semana para terminar tudo, se quiser aproveitar as oportunidades que surgiram. PRESSÃO, PRESSÃO, PRESSÃO. 
Como diria um amigo "A casa caiu grandão". Rsrs. 
Adeus final de semana. Olá trabalho intensivo.