Outro dia li no blog Depois dos 25... um post muito interessante sobre autoestima.
Na verdade,a publicação expunha um belo exemplo de quem não permite que sua deficiência se torne um obstáculo para sua felicidade. A pessoa citada é deficiente auditiva, mas pouco importa, porque o que vale é o exemplo que ela nos dá.
Então, depois de ler fiquei pensando. E nós, que não temos deficiencia nenhuma? Quantas vezes procuramos defeitos em nós mesmos e viramos caçadoras de imperfeições na frente do espelho, buscando aquele detalhe que nos fará infelizes? E então, depois de consertar aquele "defeito", teremos a felicidade desejada ou voltaremos a caçar manchas traiçoeiras?
Será que esta busca por nossas imperfeiçoes e o desejo de nos livrarmos delas não é, na verdade, o desejo de apagar mágoas e cicatrizes deixadas pelo tempo? Como se o que passou pudesse ser arrancado quando eliminamos as marcas, perdemos uns quilos, ou nos entregamos ao bisturi, que é trocar uma cicatriz pela outra.
Não está na hora de nos aceitar como somos e aprendermos superar ou apenas conviver com nossas imperfeições?
Então não seria interessante se nós usarmos esse passado como experiência, e, ao invés de apagá-lo, nos enriquecer com ele, pois faz parte da nossa história e também nos trouxe até o ponto em que estamos agora?
Um bom início para elevar a autoestima é justamente fazer as pazes com seu passado.
beijo