terça-feira, 9 de agosto de 2011

Parte IV

Amália se abaixou, depositando a bolsa de couro surrado no chão. Retirou um pequeno pote no formato de um caldeirão e quatro frascos de vidro contendo líquidos coloridos.

Despejou o conteúdo dos frascos no caldeirão iniciando pelo amarelo, seguido pelo vermelho, novamente o amarelo. Então foi a vez de todo o líquido preto e outra vez o amarelo. O líquido branco, e por último, o que restou do amarelo.

Remexeu na bolsa. Procurou, tateando sem olhar o interior. Tocou o próprio corpo enquanto varria o chão ao redor. Fez uma nova tentativa dentro da sacola.
Nada.

Levantou-se e correu, entrando na trilha pela qual chegou na clareira.
Estava lá, caído no chão próximo a uma árvore.
Três trouxinhas amarradas, largadas ali. Devem ter caído quando troquei de um tronco para o outro.


Agachou-se para apanhar o material, mas parou com a mão poucos centímetros antes de alcançar seu objetivo. Seus ouvidos apurados alertaram-na, pessoas se aproximavam pela estrada que contornava a floresta.
Amália levo a mão às costas e sussurrou o mantra. Viu as palavras virarem fumaça após sair de sua boca. Estava sem a capa, não poderia se misturar nas árvores.

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